“Numa forma sólida e com poucas alterações no tempo, as Religiões têm sido uma das estruturas de cultura e de mentalidade mais imutáveis; parecem ter um tempo próprio, as instituições religiosas. Hoje, num mundo onde abundam os rótulos concetuais para definir o indefinível, seja a Pós-Modernidade, a Modernidade Líquida, etc., a Religião como estrutura organizacional, com cleros, hierarquias, dogmas e edificados parece estar a perder terreno perante o mundo dos crentes sem religião”.
“Sedentos de Espiritualidade, aquele alimento que talvez as instituições não deem, hoje procuramos metodologias diferentes, inventamos e recriamos olhares sobre o transcendente. Que dinâmicas e que conteúdos a criação de pensamento e de arte tem hoje como resultado desse questionamento? Como se debate a arte e a criatividade nesta mudança de paradigma em que o difuso, a mudança, a experiência parecem reinar no à vontade com que nos lançamos no novo?”
“Viver Religião. Interior. Exterior. Ser” será um momento de distúrbio face ao tradicional, ao que sempre foi assim. O que é hoje o ato de viver o religioso quando os referenciais são erodidos e a incerteza baliza as definições? Recuperámos o interior, o esotérico, reencontrando na arte urbana, na cultura pop, o que as tradições parecem ter perdido?”
Um encontro aberto ao público que pode assistir presencialmente, com entrada livre, e que tem também transmissão online no facebook do Município e das Bibliotecas Municipais de Oeiras.